domingo, 28 de julho de 2013

Racismo e música

Esta semana mais uma vez percebemos como o racismo continua presente no mundo todo, citamos como exemplo, o que ocorreu com a Ministra da Integração da Itália Cécile Kyenge. 

Cécile é a primeira ministra negra na Itália, e nesta última sexta-feira, um espectador atirou bananas enquanto ela fazia um discurso em um comício político em Cervia.

"Cécile Kyenge, que vive desde 1983 na Itália, onde também se formou como oftalmologista, afirmara, em junho, que não tem medo.
'Há insultos e ameaças contra mim porque agora estou numa posição visível, mas, na verdade, são ameaças contra qualquer um que resista ao racismo, que resista à violência.' "*

A música por ser uma linguagem universal contribui imensamente para a aproximação dos diferentes povos e etnias. O reconhecimento, o respeito, a valorização e a contribuição dos povos de etnia negra e indígena ainda não foram devidamente reconhecidos pela humanidade.

Uma das tantas formas que utilizamos para trabalhar em educação contra o racismo e a discriminação é através da música.


Fonte e citação retiradas do site:


Como exemplo, abaixo duas músicas que já utilizei com alunos:

Canto Das Três Raças



                                         Paulo César Pinheiro e  Mauro Duarte



Ninguém ouviu

Um soluçar de dor
No canto do Brasil

Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou

Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou

Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou

E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor

ô, ô, ô, ô, ô, ô
......

E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador

Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas 
Como um soluçar de dor



Negra Livre

          Nando Reis 


Está com todo som, na boca nas palavras.
Está em outro tom, nas sílabas caladas.
A minha linda voz.

Está como eu estou nas roupas, nas sandálias.
Está aonde eu vou na rua, nas calçadas
A minha linda voz

Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.

Para destoar
Para dissolver
Para despertar
Pra dizer

Está na cara, a cor, na sombra das imagens.
Em tudo o que supor, nos contos, nas miragens
A minha linda voz

Está em toda dor, na gota de uma lágrima.
Dá em qualquer sabor na beira da estrada
A minha linda voz.

Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.

Para desnudar
Para derreter
Para descolar
Pra viver

Para deslizar
Para devolver
Para desbocar...
Pra doer

Para desarmar
Para adormecer
Para desfilar...
Pra Vencer

Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.

Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.

Assista o vídeo no You Tube link na tela do vídeo:



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