sexta-feira, 19 de julho de 2013

A semana

Esta semana precisei diversas vezes apelar para o espírito da alegria. E para ajudar encontrei um poema de William Wordsworth:

Ela era um espírito da alegria

(...)

Criatura nem brilhante ou boa demais
Para os afazeres cotidianos e normais,
Ou a sofrer passageiro e simples desejos,
Louvor, culpa, amor, lágrimas, sorrisos e beijos.

(...)
Com os olhos tranquilos posso contemplar
Desta máquina o verdadeiro pulsar;
Um ser que, pensativo, respira forte:
Um viajante, em meio à vida e à morte;
A razão firme, a vontade temperada,
Uma perfeita mulher soberbamente forjada;
Paciência, visão, habilidade e poder,
Para alertar, confortar e reger;
E ainda um Espírito com fulgor magistral,
Com algo da luz angelical.


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Na quarta-feira, deixei furo e logo com meu o meu filho adolescente. Fiz confusão em relação a classificação dos animais e logo de uma lesma. 
Logo, depois falando de pinguins de magalhães, fiz a besteira de comentar se eles chegavam a viver na Antártica. Sabe aqueles dias, que mesmo sabendo algo você diz outra, acontece. 
Ele me olhou não disse nada, saiu. Quando voltou me entregou uma carta da coleção Pokémom "Cry for help". Era uma carta com uma tartaruga. Eu olhei e disse: " Eu adoro tartarugas. Elas na cultura indígena simbolizam o tempo, a paciência e a sabedoria."
Ele me diz: "Olha a carta direito, é uma tartaruga, com o poder de magna, ela solta fogo, às vezes."
Percebo que o bom humor dele está de volta, isto é um bom sinal, fico muito feliz.
Depois ele vem e me dá para levar para os alunos da escola, alguns decks de cartas, me conta que está arrumando a coleção Pokémom, e como não joga mais, resolveu que não precisa ficar mais com todas aquelas cartas guardadas. Percebo que uma outra fase da vida dele está se encerrando. Filho crescendo, isto é bom...




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Depois de uma hora esperando o socorro do carro, depois das 6 horas da tarde, com frio, em uma travessa pouco clara, em um lugar não muito seguro, cheguei em casa até que muito tranquila.

A moça ao telefone falou-me: "No máximo em 30 minutos ele chega aí". 
Passaram 30 minutos, liguei novamente: "Em 15 minutos, ele já está próximo" e nada. 

Então, resolvi bancar a Poliana: " Bom, poderia ter acontecido em um dia mais frio, mais tarde da noite, em um dos dias que aconteceram as manifestações na cidade (e eu assistiria de camarote, pois estaria em um dos pontos privilegiados da cidade baixa para presenciar os conflitos), o carro poderia não ter seguro, etc...

Depois de mais de uma hora, chega o mecânico, abre o capô e informa-me (eu já havia comunicado à moça ao telefone e a ele próprio que acreditava que o problema era a bateria): "Realmente é a bateria", e me chama para ver, eu olho, e digo: "Mas esta não é a bateria do carro", inclusive esta estava praticamente solta e sem parafusos para prendê-la. 
Conclusão, tinham roubado a bateria do carro, provavelmente em alguma das garagens onde o deixei estacionado esta semana. 
Por fim, ainda precisei comprar uma bateria nova. 
Em apenas um ano, o macaco do carro criou pernas e saiu andando do porta-mala, uma das chaves foi perdida durante um assalto na garagem, o som cansou da minha companhia e resolveu tocar em outras bandas (digo outro carro).
Meu filho, me olhou e disse, mãe você precisa trocar de garagem.

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