Esta semana mais uma vez percebemos como o racismo continua presente no mundo todo, citamos como exemplo, o que ocorreu com a Ministra da Integração da Itália Cécile Kyenge.
Cécile é a primeira ministra negra na Itália, e nesta última sexta-feira, um espectador atirou bananas enquanto ela fazia um discurso em um comício político em Cervia.
"Cécile Kyenge, que vive desde 1983 na Itália, onde também se formou como oftalmologista, afirmara, em junho, que não tem medo.
'Há insultos e ameaças contra mim porque agora estou numa posição visível, mas, na verdade, são ameaças contra qualquer um que resista ao racismo, que resista à violência.' "*
A música por ser uma linguagem universal contribui imensamente para a aproximação dos diferentes povos e etnias. O reconhecimento, o respeito, a valorização e a contribuição dos povos de etnia negra e indígena ainda não foram devidamente reconhecidos pela humanidade.
Uma das tantas formas que utilizamos para trabalhar em educação contra o racismo e a discriminação é através da música.
Fonte e citação retiradas do site:
http://www.dw.de/ministra-negra-for%C3%A7a-a-it%C3%A1lia-a-encarar-o-pr%C3%B3prio-racismo/a-16952401
Como exemplo, abaixo duas músicas que já utilizei com alunos:
Canto Das Três Raças
Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
......
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Negra Livre
Nando Reis
Está com todo som, na boca nas palavras.
Está em outro tom, nas sílabas caladas.
A minha linda voz.
Está como eu estou nas roupas, nas sandálias.
Está aonde eu vou na rua, nas calçadas
A minha linda voz
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para destoar
Para dissolver
Para despertar
Pra dizer
Está na cara, a cor, na sombra das imagens.
Em tudo o que supor, nos contos, nas miragens
A minha linda voz
Está em toda dor, na gota de uma lágrima.
Dá em qualquer sabor na beira da estrada
A minha linda voz.
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para desnudar
Para derreter
Para descolar
Pra viver
Para deslizar
Para devolver
Para desbocar...
Pra doer
Para desarmar
Para adormecer
Para desfilar...
Pra Vencer
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Assista o vídeo no You Tube link na tela do vídeo: