Quando deu o sinal de entrada do turno da tarde, já tinha um grupo de alunos da turma me esperando, todos com um enorme sorriso, falaram:
- Trocamos de sala! Trocamos de sala! Esta é legal!
- Trocamos de sala! Trocamos de sala! Esta é legal!
Não esqueço a carinha de felicidades deles.
Ontem, não era meu dia de trabalho na Escola, e aconteceu um surto de pulgas (também com aquele calor/umidade). Eles e eu já tínhamos comunicado que estávamos com pulgas na sala de aula ( e isto explica a alergia na pele de algumas crianças e a minha). E ontem, para minha surpresa fomos alocados para outro espaço.
Agora livres do mofo, das goteiras, das janelas que não abrem, do ventilador que não funciona, das pulgas, do calor ou do frio intenso, da música alta dos vizinhos, continuaremos com o esforço coletivo de aprender a: conviver, conhecer, ser e estar neste mundo, que por hora, ainda precisa muito, para ficar um pouco melhor.
Bom, agora falta as outras turmas que permanecem no mesmo prédio serem alocadas. Como quem espera (lutando) sempre alcança, continuamos esperando a construção de um novo espaço, para comportar adequadamente o número de alunos da escola.
“O espaço da escola não é apenas um “continente”, um
recipiente que abriga alunos, livros, professores, um local em que se realizam
atividades de aprendizagem. Mas é também um “conteúdo”, ele mesmo é educativo, é
mais do que quatro paredes; é clima, espírito de trabalho, produção de
aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar ideias,
sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento; tem que despertar
interesse em aprender, além de ser alegre, aprazível e confortável, tem que ser
pedagógico. Há uma “docência do espaço”.
Vital Didonet
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