sábado, 13 de abril de 2013

Escola e reunião com os pais

Nunca tinha vivenciando a situação de ser chamada pela Escola que meu filho estuda. Nesta semana isto ocorreu, Marcos me comunicou que no sábado alguns pais estavam sendo convidados a conversar com os professores. E segundo informação contida em um bilhete da Escola, eu deveria procurar os professores de Educação Física e Português. Questionei porque estariam me chamando, e ele me falou que em educação física deveria ser por causa da asma ( ele está fazendo exames porque quando corre fica ofegante), e em Português, explicou-me que deveria ser por causa da letra. Pensei: deve ser por outros motivos.
Hoje, às 10 horas na Escola, com outros pais,  fiquei aguardando o momento da conversa com os professores.
Toda vez que entro em uma Escola particular não consigo fugir da comparação com algumas Escolas Públicas: a limpeza, o cuidado com o prédio, a qualidade, a adequação dos espaços pedagógicos, os recursos materiais, e etc..
Ficamos em uma sala acolhedora esperando os professores. Aquela sala era tudo o quê queria para o grupo de contação de histórias ( não vou contar os detalhes, mas garanto que não tinha nada demais). Conto isto, para falar que existe um fosso enorme entre a escola particular e a escola pública neste país.
Voltando a reunião dos pais. Diferente da minha experiência como professora em uma escola da periferia, a maioria dos pais chamados estavam presentes. 
Toda educação escolar baseia-se na parceria entre a família e a Escola, e quando notamos algum problema com os alunos, recorremos primeiramente a seus pais. Antes nunca tinha parado para pensar como estes pais reagem e se sentem quando convidados a conversar com os professores de seus filhos. 
Os comentários antes da reunião, eram na maioria desagradáveis, e ouvi muitos dizerem que estavam de castigo. Alguns mostravam-se irritados, stressados e reclamavam que foram obrigados a deixar o trabalho por causa de seus filhos.  Assisti até uma briga de um dos  pais com seu filho, e até fiquei constrangida, pela situação.

Conclusão: próxima vez que chamar os pais dos meus alunos preciso pensar em um jeito mais acolhedor para recebê-los e que isto expresse a minha vontade e o meu desejo de construir uma relação de cooperação para o desenvolvimento de seus filhos.

Quanto ao meu filho: o professor de educação física não estava ( e acham que ele não chamou nenhum pai de aluno) e a professora de português, quando sentei na frente dela, ela me olhou e disse que eu não tinha sido chamada, deveria ter acontecido algum engano.

Síntese da história: fiquei uma hora na Escola, não perdi meu tempo, apenas reafirmei a minha convicção de que é necessário se repensar e transformar as relações humanas, a escola e a sociedade. Conseguir passar pelo terremoto da adolescência e minimamente ser feliz,  ainda deve ser algo que importe para a família e a escola.




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