domingo, 28 de abril de 2013

Nossa casa comum a Terra!


Trabalho toda sexta-feira, com a turminha do Jardim, no turno da manhã.
Na semana anterior assisti com eles a animação: "Tainá- Kan - a grande estrela"
Para conhecer a animação assista em:  http://vimeo.com/10770177

Segundo uma lenda karajá, Tainá-Kan, a grande estrela, vem à Terra por amor, na forma de um homem velho. A lenda explica o surgimento da agricultura para o povo karajá. Suas bonecas de cerâmica servem de inspiração para os personagens, e a trilha é composta de músicas típicas.

Nesta semana retomamos com a turma a temática indígena, iniciamos lembrando com eles a história da animação, depois contamos e mostramos o livro de onde retiramos essa lenda: "Casamento entre o céu e a terra" de Leonardo Boff.


Em seguida os alunos contornaram o corpo de dois colegas em folhas de papel pardo, pintaram as figuras que representavam os índios da história. Eles ainda quiseram dar o nome de Tainá-kan para os desenhos ( o qual escrevemos no quadro e no papel pardo).

Abaixo um trecho do livro " Casamento entre o céu e a terra", Salamandra, Rio de Janeiro, 2001.pg09.

"Hoje nos encontramos numa fase nova na humanidade. Todos estamos regressando à Casa Comum, à Terra: os povos, as sociedades, as culturas e as religiões. 

Todos trocamos experiências e valores. Todos nos enriquecemos e nos completamos mutuamente. (...)

(...) Vamos rir, chorar e aprender. 

Aprender especialmente como casar Céu e Terra, vale dizer, como combinar o cotidiano com o surpreendente, a imanência opaca dos dias com a transcendência radiosa do espírito, a vida na plena liberdade com a morte simbolizada como um unir-se com os ancestrais, a felicidade discreta nesse mundo com a grande promessa na eternidade

E, ao final, teremos descoberto mil razões para viver mais e melhor,todos juntos, como uma grande família, na mesma Aldeia Comum, generosa e bela, o planeta Terra."  Leonardo Boff


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dia da Terra

22/04/2013
Dia da Terra 

Texto: O planeta Terra é a nossa Casa.

Reflexão com os alunos: Você agride o nosso planeta? (inclui questões sobre a produção de barulho, maltratar animais, pisar em canteiros/quebrar os galhos das árvores, não ser gentil com os outros,  etc...)

Leitura do Livro: "Um mundo melhor" de Patricio Dugnani 

O quê um pai pode deixar para seu filho de herança? O  autor apresenta algumas atitudes: como ser gentil, alegre e educado com todos, amar, descansar, fazer exercícios, plantar árvores, etc..., isto e muito mais tornam o mundo melhor. 






domingo, 21 de abril de 2013

Professores alfabetizadores

As aprendizagens dos alunos nos motivam a continuar na Educação Popular, apesar das dificuldades que se apresentam coditianamente: desde as referentes ao contexto social que estamos inseridos, da falta de estrutura das escolas, recursos humanos insuficientes, e sem falar da situação de vida de muitas destas crianças. Tudo isto tornam-se obstáculos que precisam ser diariamente empurrados e retirados do caminho pelo professor. 



Nesta última sexta-feira, no turno da noite, iniciamos um curso de Formação Continuada para os  Professores Alfabetizadores da SMED/MEC.

O curso é presencial de 2 anos, com carga horária de 120 horas por ano, com base no programa Pró-Letramento, cuja metodologia propõe estudos e atividades práticas. Os encontros com os professores alfabetizadores serão conduzidos por orientadores de estudo. 

Este curso faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A ação é inédita que conta com a participação articulada do governo federal e dos governos estaduais e municipais.


Mas o que significa estar alfabetizado?

Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações. Significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz.






Coincidências:
Nesta semana publiquei no facebook uma imagem sobre a nossa profissão (isto foi quinta-feira).


Trabalhando novamente com os pequenos, relembrei que preciso ter muitas mãos, ouvidos e olhos, porque todos esperam que eu esteja sempre dispostas para todos os 29 alunos. Ah,e isto é o tempo todo. Ufa! Só de pensar já fico um pouco cansada. E não posso deixar de comentar como muitas das histórias (de vida) que tenho ouvido destas crianças me fazem sair com o coração dilacerado.

Mas como sempre acontece são eles, os alunos, que nos motivam a continuar sendo professores, desde mostrando como estão aprendendo (chamando nos para dizer,"eu consegui ler" e lê para a gente, explicando) até nos bilhetinhos que recebemos.
Na sexta- feira, recebi um bilhete da aluna Sara, e com certeza ela não viu minha postagem no facebook. Mas comparando os dois desenhos e as figuras que representam a professora, as duas tem na roupa um coração.
Bom, apesar de saber que o vínculo afetivo com os alunos é essencial na aprendizagem, esta dimensão sempre me surpreende.






quinta-feira, 18 de abril de 2013

Qual o lugar que você mais gosta da Escola?


Está foi a pergunta que lancei aos alunos e dei o meu celular para  eles começarem a registrar estes locais (algumas das fotos).


























                     
 


Painel com dobraduras representantando a Escola e desenhos da procissão no Morro.




domingo, 14 de abril de 2013

Porto Alegre, em 2013, completou seus 241 anos

Hoje, novamente me perguntaram se eu tinha assistido "Porto Alegre de Quintana", tenho olhado muito pouco a tv, o jeito foi procurar na internet. Como adorei como Quintana fala, deixarei o link no blog para usar em outro ano com os  alunos. Mario Quintana é muito Porto Alegre.




Outro material lindo que encontrei foram fotos do Centro Histórico da capital gaúcha, em muitas destas imagens notamos a beleza e a delicadeza dos detalhes da nossa cidade.




Este ano, apresentamos fotos diversas de Porto Alegre para iniciar um diálogo sobre a cidade e também mostramos imagens dos arredores da Escola e do Morro da Cruz. E as imagens da comunidade foram as que mais chamaram atenção, geraram animação, reflexão e comentários dos alunos. É claro, que antes e depois disso realizou-se diversas atividades sobre a cidade com os alunos.

Como existem vários vídeos prontos na internet sobre Porto Alegre,  este ano escolhemos para apresentar "Porto Alegre é demais na comemoração dos 240" anos da cidade. Agradecemos imensamente quem o produziu.




sábado, 13 de abril de 2013

Escola e reunião com os pais

Nunca tinha vivenciando a situação de ser chamada pela Escola que meu filho estuda. Nesta semana isto ocorreu, Marcos me comunicou que no sábado alguns pais estavam sendo convidados a conversar com os professores. E segundo informação contida em um bilhete da Escola, eu deveria procurar os professores de Educação Física e Português. Questionei porque estariam me chamando, e ele me falou que em educação física deveria ser por causa da asma ( ele está fazendo exames porque quando corre fica ofegante), e em Português, explicou-me que deveria ser por causa da letra. Pensei: deve ser por outros motivos.
Hoje, às 10 horas na Escola, com outros pais,  fiquei aguardando o momento da conversa com os professores.
Toda vez que entro em uma Escola particular não consigo fugir da comparação com algumas Escolas Públicas: a limpeza, o cuidado com o prédio, a qualidade, a adequação dos espaços pedagógicos, os recursos materiais, e etc..
Ficamos em uma sala acolhedora esperando os professores. Aquela sala era tudo o quê queria para o grupo de contação de histórias ( não vou contar os detalhes, mas garanto que não tinha nada demais). Conto isto, para falar que existe um fosso enorme entre a escola particular e a escola pública neste país.
Voltando a reunião dos pais. Diferente da minha experiência como professora em uma escola da periferia, a maioria dos pais chamados estavam presentes. 
Toda educação escolar baseia-se na parceria entre a família e a Escola, e quando notamos algum problema com os alunos, recorremos primeiramente a seus pais. Antes nunca tinha parado para pensar como estes pais reagem e se sentem quando convidados a conversar com os professores de seus filhos. 
Os comentários antes da reunião, eram na maioria desagradáveis, e ouvi muitos dizerem que estavam de castigo. Alguns mostravam-se irritados, stressados e reclamavam que foram obrigados a deixar o trabalho por causa de seus filhos.  Assisti até uma briga de um dos  pais com seu filho, e até fiquei constrangida, pela situação.

Conclusão: próxima vez que chamar os pais dos meus alunos preciso pensar em um jeito mais acolhedor para recebê-los e que isto expresse a minha vontade e o meu desejo de construir uma relação de cooperação para o desenvolvimento de seus filhos.

Quanto ao meu filho: o professor de educação física não estava ( e acham que ele não chamou nenhum pai de aluno) e a professora de português, quando sentei na frente dela, ela me olhou e disse que eu não tinha sido chamada, deveria ter acontecido algum engano.

Síntese da história: fiquei uma hora na Escola, não perdi meu tempo, apenas reafirmei a minha convicção de que é necessário se repensar e transformar as relações humanas, a escola e a sociedade. Conseguir passar pelo terremoto da adolescência e minimamente ser feliz,  ainda deve ser algo que importe para a família e a escola.




quarta-feira, 10 de abril de 2013

O famoso beijo em comemoração ao fim da 2ª guerra mundial






Em tempos que o mundo sofre ameaça de uma nova guerra, a arte sempre nos lembra o que realmente importa, Eduardo Kobra, recriou a foto famosa de Alfred Eisenstaedt de 1945, em que um soldado beija uma enfermeira desconhecida no meio da multidão que comemora o fim da Segunda Guerra. 




Link: Eduardo Kobra é convidado para pintar enorme painel em Manhattan.

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/06/eduardo-kobra-e-convidado-para-pintar-enorme-painel-em-manhattan.html


Sugestão de um excelente blog, que nos inspiram e nos fazem pensar: 


http://semioticas1.blogspot.com.br/search/label/A%20arte%20do%20grafite

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Exposição de fotos e vídeo na Escola


 Borboleta em uma flor no pátio da Escola
                                                     

Borboletas
Luciana Mello

Borboletas são tão belas o que seria delas
Se não pudessem voar?
O céu e as estrelas não poderiam vê-las passar
Lá fora eu vejo um mundo
E sinto lá no fundo
Que aqui não é o meu lugar
Eu sou pequenininha e fico aqui sozinha a sonhar
O meu coração me diz
Que um dia ainda vou ser feliz
Voar para bem longe como eu sempre quis
Um dia eu tive a chance de ter ao meu alcance
O que fez transformar
Sonho em realidade, escuridão em brilho no olhar
Eu vi que na verdade
A dor um dia pode ter fim
Achei a liberdade, ela tava dentro de mim
O meu coração me diz
Agora eu já sou feliz
Voei para bem longe como eu sempre quis


Acima letra da música utilizada no vídeo "E. M. E. F. Morro da Cruz - uma história em construção".



Continuaremos está semana com a exposição de fotos e do vídeo em comemoração ao 17º aniversário da Escola.








domingo, 7 de abril de 2013

Semana de aniversário da Escola - Exposição de fotos e vídeo

Entre outras atividades de comemoração do aniversário da Escola, organizamos uma exposição de fotos e as turmas também puderam assistir a um vídeo produzido no final do ano passado com fotos da trajetória dos 17 anos da Escola Morro da Cruz.






sábado, 6 de abril de 2013

Um grito de paz, Rosa de Hiroshima.

Desenho aluno Yuri representando o Morro da Cruz

Rosa de Hiroshima 

Vinicius de Moraes 


Pensem nas crianças
mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas oh,não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de hiroshima 
Rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um bom momento!

Quando deu o sinal de entrada do turno da tarde, já tinha um grupo de alunos da turma me esperando, todos com um enorme sorriso, falaram:  
- Trocamos de sala! Trocamos de sala! Esta é legal!
Não esqueço a carinha de felicidades deles. 

Ontem, não era meu dia de trabalho na Escola, e aconteceu um surto de pulgas (também com aquele calor/umidade). Eles e eu já tínhamos comunicado que estávamos com pulgas na sala de aula ( e isto explica a alergia na pele de algumas crianças e a minha). E ontem, para minha surpresa fomos alocados para outro espaço. 

Agora  livres do mofo, das goteiras, das janelas que não abrem, do ventilador que não funciona, das pulgas,   do calor ou do frio intenso, da música alta dos vizinhos, continuaremos com o esforço coletivo de aprender a: conviver, conhecer, ser e estar neste mundo, que por hora,  ainda precisa  muito, para ficar um pouco melhor. 

Bom, agora falta as outras turmas que permanecem no mesmo prédio serem alocadas. Como quem espera (lutando) sempre alcança, continuamos esperando a construção de um novo espaço, para comportar adequadamente o número de alunos da escola.


“O espaço da escola não é apenas um “continente”, um recipiente que abriga alunos, livros, professores, um local em que se realizam atividades de aprendizagem. Mas é também um “conteúdo”, ele mesmo é educativo, é mais do que quatro paredes; é clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar ideias, sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento; tem que despertar interesse em aprender, além de ser alegre, aprazível e confortável, tem que ser pedagógico. Há uma “docência do espaço”.
 Vital Didonet


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Literatura infantil -1

Esta semana como já entrei em diversas turmas, aproveitei para matar a saudade dos alunos e a minha de contar/ler novas histórias.

"Estou me sentindo como uma preguiça gigante", assim estava na terça-feira, às 7h e 30 minutos, na turma B12, da professora Margareth. Por causa da minha lentidão na manhã de terça, comecei apresentando o livro "Devagar, devagar, bem devagar"  de Eric Carle
Sabemos que a preguiça é apenas mais um dos muitos animais ameaçados de extinção, pois seu habitat vem sendo destruído em nome do progresso descuidado e do desenvolvimento a todo custo. 
O livro apresenta um delicioso texto e tem um ritmo que a própria preguiça aprovaria. As ilustrações da floresta amazônica são exuberantes,  assim como outros animais que aparecem no livro e dependem da floresta. 
No final, um dos alunos elogiando a história, disse: "Quase dormi, igual a preguiça" e  outro falou: " Fiquei com mais preguiça agora".




 

Mimosa queria ser especial e conseguiu com a ajuda das galinhas, apesar das outras vacas morrerem de inveja por ela ter virado notícia, ao ter realizado algo extraordinário: botar um ovo.

O final é que mais nos surpreende e encanta, pois com dedicação, tempo, amor, desejo e esforço, Mimosa realiza algo incabível, mas devido a sensibilidade da história, todas as crianças compreendem que assim como na vida, certas coisas, mesmo parecendo absurdas são extremamente aceitáveis.