Na última semana realizamos oficinas de contação de história com turmas/alunos que ainda não tinham fechado os 200 dias letivos.
Uma das histórias apresentadas foi:
"Chico, homem da floresta" de Lúci Fidalgo e ilustrações de Demóstenes Vargas. Coleção brasileirinhos, editora Paulus.
Na orelha do livro a coordenação editorial faz uma relevante consideração:
" Vivemos uma grande carência de paradigmas éticos. As tão propaladas "celebridades" dos nossos dias, em grande parte, não tem grandes méritos, nem artísticos, nem éticos (entendo-se por ética não um conjunto de regrinhas, mas uma maneira de bem orientar a vida individualmente e em relação com os outros e com os valore humanos).
(...) ficam ocultadas (....) pessoas que verdadeiramente "fizeram a diferença" no mundo, seja na arte, na educação, na espiritualidade, no trabalho ou na cultura em geral.
(...)
A intenção não é mostrar modelos a ser seguidos, pois ninguém repete ninguém, e cada um segue o seu caminho, mas realmente apresentar inspirações."
Contamos a história em uma das oficinas, na semana em que completavam 25 anos do assassinato de Chico Mendes.
Depois os alunos conversaram sobre a importância das florestas, das árvores e confeccionaram uma "Árvore dos sonhos/desejos".
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Um pouco da história do ambientalista:
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, nasceu em Xapuri, no dia 15 de dezembro de 1944 e faleceu em 22 de dezembro de 1988).
Ele foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutou pelos seringueiros da Bacia Amazônica, cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e suas seringueiras nativas.
Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais.
Dois meses depois leva estas denúncias ao senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos.
Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional.
Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.
Assassinado:
Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía de casa para tomar banho.
Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção.
Retirado da página da Wikipédia em 31/12/2013.
Legado de Chico Mendes permanece vivo na Amazônia
no site:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/meio-ambiente/,c20a25e754013410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
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Outros grandes heróis da Floresta foram José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, eles foram brutalmente mortos em maio de 2011, após ameaças de morte que receberam em decorrência do seu ativismo e defesa da floresta.
No dia 9 de fevereiro de 2012, José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foram postumamente reconhecidos como Heróis da Floresta pelo Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, pelo seu trabalho no combate à extração ilegal de madeira na floresta amazônica.
Assista o vídeo produzido pelo Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF):
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